CANTINHO FELIZ

terça-feira, 13 de outubro de 2009

O ANEL


Um jovem aluno e seu professor:

- Venho aqui, professor, porque me sinto tão pouca coisa, que não tenho forças para fazer nada. Dizem-me que não sirvo para nada, que não faço nada bem, que sou lerdo e muito bobo. Como posso melhorar? O que posso fazer para que me valorizem mais?

O professor, sem olhá-lo, disse:

- Sinto muito meu jovem, mas não posso te ajudar, devo primeiro resolver o meu próprio problema. Talvez depois. E fazendo uma pausa, falou:- Se você me ajudasse, eu poderia resolver este problema com mais rapidez e depois talvez possa te ajudar.

- Cla...claro, professor, gaguejou o jovem, que se sentiu outra vez desvalorizado e hesitou em ajudar seu professor.

O professor tirou um anel que usava no dedo pequeno e deu ao garoto e disse:- Monte no cavalo e vá até o mercado. Devo vender esse anel porque tenho que pagar uma dívida. É preciso que obtenhas pelo anel o máximo possível, mas não aceite menos que uma moeda de ouro. Vá e volte com a moeda o mais rápido possível.

O jovem pegou o anel e partiu. Mal chegou ao mercado, começou a oferecer o anel aos mercadores. Eles olhavam com algum interesse, até quando o jovem dizia o quanto pretendia pelo anel. Quando o jovem mencionava uma moeda de ouro, alguns riam, outros saíam sem ao menos olhar para ele, mas só um velhinho foi amável a ponto de explicar que uma moeda de ouro era muito valiosa para comprar um anel. Tentando ajudar o jovem, chegaram a oferecer uma moeda de prata e uma xícara de cobre, mas o jovem seguia as instruções de não aceitar menos que uma moeda de ouro e recusava as ofertas.Depois de oferecer a jóia a todos que passaram pelo mercado, abatido pelo fracasso montou no cavalo e voltou.

O jovem desejou ter uma moeda de ouro para que ele mesmo pudesse comprar o anel, assim livrando a preocupação e seu professor e assim podendo receber ajuda e conselhos. Entrou na casa e disse:

- Professor, sinto muito, mas é impossível conseguir o que me pediu. Talvez pudesse conseguir 2 ou 3 moedas de prata, mas não acho que se possa enganar ninguém sobre o valor do anel.

- Importante o que disse, meu jovem, contestou sorridente o mestre. - Devemos saber primeiro o valor do anel. Volte a montar no cavalo e vá até o joalheiro. Quem melhor para saber o valor exato do anel? Diga que quer vendê-lo e pergunte quanto ele te dá por ele. Mas não importa o quanto ele te ofereça, não o venda. Volte aqui com meu anel.

O jovem foi até o joalheiro e lhe deu o anel para examinar. O joalheiro examinou-o com uma lupa, pesou-o e disse:

- Diga ao seu professor, se ele quiser vender agora, não posso dar mais que 58 moedas de ouro pelo anel.O jovem, surpreso, exclamou:

- 58 MOEDAS DE OURO!

- Sim, replicou o joalheiro, eu sei que com tempo poderia oferecer cerca de 70 moedas , mas se a venda é urgente...

O jovem correu emocionado para a casa do professor para contar o que ocorreu.

- Sente-se, disse o professor, e depois de ouvir tudo que o jovem lhe contou, disse:

- Você é como esse anel, uma jóia valiosa e única. E que só pode ser avaliada por um expert. Pensava que qualquer um podia descobrir o seu verdadeiro valor? E dizendo isso voltou a colocar o anel no dedo.

- Todos somos como esta jóia. Valiosos e únicos, porém andamos pelos mercados da vida pretendendo que pessoas inexperientes nos valorizem.

Autor Desconhecido



quinta-feira, 1 de outubro de 2009

A CULPA DE SER MÃE


Quando o bebê nasce, nós mães ganhamos muitas coisas: felicidades, um amor incondicional, carinhos, paparicos, flores, muitos presentes, além de um lindo filhotinho pra cuidar e amar…e junto com tudo isso: a CULPA.
Ela é nossa companheira desde os primeiros minutos após o nascimento do bebê: sentimos culpa por não ter chorado, ou por ter chorado muito, por estar meio sedada e não conseguir nem sorrir pro rebento que acabou de vir ao mundo, culpa pelo parto não ter sido como imaginávamos, pelo bebê ter nascido grande ou pequeno ou por não termos conseguido ser fortes no momento do parto.
Depois vem a culpa por não conseguir amamentar, ou por conseguir, pelo filho ganhar peso demais ou por não ganhar, pelo filho ser chorão e não dormir a noite, por se sentir irritada e cansada quando deveria estar feliz, por chorar quando deveria apenas sorrir.
E quando acaba a licença-maternidade, A CULPA tende a aumentar: culpa por introduzir alimentos antes do nescessário, culpa por sair de casa e deixar seu filho com outra pessoa, ou ainda, culpa por optar por não trabalhar e não poder ajudar o marido com as despesas da casa.
E assim por diante, até o filho fazer 18 anos e chegar de madrugada em casa. Ou ainda brigar com a namorada. Ou pegar o carro escondido: a maioria das mães vai sentir culpada por isso também.
Até as mães ditas muito bem resolvidas que honestamente não sentiram nenhuma dessas culpas, devem, no fundo, sentir uma pontinha de culpa justamente por não se sentirem culpadas pelas frustrações e dificuldade pelos quais seu filhos passam.
Acontece que passar por algumas dificuldades e frustrações é passo obrigatório no desenvolvimento da personalidade do ser humano. E por mais que nós tentemos proteger nossos filhos, nãopodemos e nem devemos protegê-los de tudo. Eles tem que crescer, e para isso vão se frustrar e vão sofrer em alguns momentos.
Então, de onde vem essa nossa culpa? Ela é inerente a maternidade ou é fruto de imagem vendida pela nossa sociedade da MÃE MODERNA PERFEITA? Ela é uma mulher linda que tem seus filhos todos de parto normal sem dor, que amamenta facilmente e sem dor,que no dia seguinte ao parto já está magra e bem disposta, cujo filho é comportado desde os primeiros dias e se ela teve que acordar alguma vez de madrugada, o fez sempre de bom humor e sem um fio de cabelo despenteado. É a mãe que trabalha fora e é uma profissional conceituada e atualizada, que tem um excelente salário, que consegue dar atenção merecida aos filhos e ao marido, sempre de bom humor, que tem tempo pra ir a academia, cabelereiros e faz sempre um dieta saudável e equilibrada. E faz tudo isso sem reclamar, sem se cansar e se sente completamente feliz 100% do tempo.
Me desculpem: mas essa é a mãe ideal…que não existe. A mãe real é como todas nós: sempre se desdobrando em 10 e sempre com a sensação de que não vai dar conta de tudo.E sempre atormentadas pela nossa antiga companheira, a CULPA.
A melhor analogia que encontro é com aquela velha história do cobertor curto, que, para cobrírmos uma parte, acabamos descobrindo a outra.
E no final, tudo dá certo, nossos filhos crescem e se desenvolvem apesar dos nossos acertos e erros e se tornam pessoas diferentes de nós, amadas sim, muito, mas diferentes. Pessoas que pensarão diferente e discordarão de nós em vários pontos. Podem até nos culpar por isso e por aquilo, mas nunca vão ter a noção de quanto nós mesmas já nos culpamos.
Por fim, visto que toda essa culpa é desnecessária e até nociva, talvez devessemos começar a deixá-la de lado, pelo menos um pouco, e nos concentrarmos em sermos felizes, com as nossas imperfeições.




OBS: ESSE TEXTO NÃO É AUTORIA MINHA, EU RECEBI NESSAS MENSAGENS DE DIA DAS MÃES, ONDE NÃO CONSTA O AUTOR, MAS ACHEI MUITO BOM PRA REFLETIR SOBRE O ASSUNTO!!! A FOTO É DO MEU FILHOTE, (A PRECIOSIDADE, COMO EU O CHAMO) LINDO NÉ???




BJKAS :)